Helena Chaves,
Marina Lopes e
Rafaella Lobão.
Fonte:camara.leg.br
Em 29/03/2024
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Homem sendo arrastado por militares durante a Ditadura Imagem: estadao.com.br |
“A data não é para se comemorar, mas se rememorar, para evitar que o País passe por situações como aquela”, afirma Erundina. A deputada considera que as ameaças atuais de retrocesso democrático ou um novo golpe militar ocorrem por causa dos traumas deixados pelos 21 anos de ditadura. “Queremos justiça para aqueles que sofreram torturas e assassinatos, para que seus familiares e companheiros possam rezar, acender uma vela, e agradecer por seu sofrimento e sacrifício”, disse.
Contrarrevolução
General Girão aponta para a necessidade de entender o movimento militar dentro do contexto da Guerra Fria. Ele lembra que as Forças Armadas foram inicialmente apoiadas pela sociedade, com manifestações populares. General Girão afirma que o movimento militar foi uma contrarrevolução contra uma tentativa de instaurar o comunismo no Brasil. General Girão disse temer que a democracia atual esteja sendo limitada, em particular com relação à liberdade de imprensa, de opinião e de manifestação. “Não se pode dizer que estamos em uma democracia plena. A classe política brasileira precisa resolver os nossos problemas. Não podemos creditá-los a instituições como as Forças Armadas”, opinou.
Trabalhismo
Pompeo de Mattos lembra que seu pai foi preso em 1964 e, ainda criança, teve de visitá-lo na cadeia. “Quem o prendeu nunca disse a razão da prisão, e o meu pai morreu sem saber.”
“O golpe deixa um saldo de muita angústia, de muitas dores para muitas famílias no Brasil, mas de consciência dos tempos de luta. Sobraram cicatrizes, divisões, angústias, sofrimento, pessoas morreram, desapareceram”, relata Pompeo.